O Sistema Confea Crea sobrepõe a sua própria finalidade e explora os profissionais da engenharia, alegando uma pseudodefesa da sociedade. A realidade, porém, é que o Sistema atua tão somente em beneficio daqueles que se perpetuam há décadas em seu comando.
Os mecanismos arrecadatórios, formados por vários tipos de obrigatoriedades, como: taxas de Art’s e Anuidade, além da controversa Mútua, e agora também os PJ, são constituídos legalmente pela Lei 5.194/66, mas são exploratórios, uma vez que não há contrapartida para com o profissional, sendo essa uma grave falha dessa lei que precisamos ser revista.
O desinteresse da classe de engenheiros é fruto da construção equivocada de preceitos legalistas que contribuíram para o surgimento desse famigerado “elefante branco”, que se tornou meramente um cartório arrecadador e descumpridor de sua finalidade básica, que é a de fiscalizar o exercício ilegal das profissões tecnológicas.
Nós, os verdadeiros contribuintes, mantenedores, e interessados, no bom combate entre os profissionais, somos ignorados pelo Sistema. Essa culpa é nossa, pois com mais de 1 milhão de profissionais registrados, apenas 5% comparecem às eleições. Apesar da aprovação estatutária do voto pela internet, via resolução, as eleições continuam sendo realizadas de forma presencial, a um custo extremamente oneroso, e, para as eleições em 2020, não há sinalização de que o regulamento seja cumprido.
A manipulação é fato e é feita através de exclusivismos dos mandatários, aos endereços eletrônicos dos profissionais, de maneira totalmente antidemocrática. E o que dizer quanto ao dia da eleição, que sempre cai em dia útil de trabalho? E os locais de votação, verdadeiros antros manipuláveis da situação? E o custo financeiro milionário, já que as urnas são cedidas em contrapartida financeira aos tribunais eleitorais?
Que pesadelo, isso tudo! Ainda bem que já passou, estamos em 2023, e haverá eleições diretas pela Internet!
A verdade é cristalina. O Sistema Confea/Crea sempre manipula as entidades de classe, e, de três em três anos, cobra a fatura, obrigando-as à fidelidade do voto, com promessas de continuarem recebendo os parcos recursos financeiros para o seu sustento.
Isso já é passado? As entidades de classe estão libertas? E os profissionais, votarão em massa?
Eng. Civil José Ribeiro de Miranda.
Presidente da ABRAEI!
E-mail: [email protected]
A Engenharia muda o Brasil!