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Confira recomendações de especialistas e acerte na escolha!
Metais para banheiro vão muito além das torneiras e misturadores, chuveiro, ducha higiênica e acessórios. A arquiteta Patrícia Miranda, sócia-diretora do escritório Raízes Arquitetos, lista também os componentes do sistema hidráulico: registro, válvula de escoamento, sifão, flexíveis e kit de instalação de bacia sanitária. Tudo o que é preciso para assegurar a correta instalação e a qualidade dos metais sanitários.
As torneiras abrangem a bica e os misturadores ou o monocomando. Já o registro é formado pela base, mecanismo que fica dentro da parede e do acabamento – peça com a função de abrir e fechar. “Essa peça pode ser de pressão, como a que aciona a água do chuveiro, e registro de gaveta, que controla a entrada de água na tubulação do ambiente todo”, diz.
O metal conhecido como ralo da pia tem nome técnico: válvula. Os flexíveis levam a água do tubo que está na parede até o misturador ou monocomando e, também, até a caixa acoplada da bacia sanitária. “Quando a bacia não tem caixa acoplada, ainda temos em metal o mecanismo e o acabamento da válvula de descarga”, explica.
Por fim e não menos importante é o kit de instalação de bacia, que inclui os parafusos e acessórios para fixação, anel de vedação e flexível ou tubo, conforme o tipo com caixa ou válvula, respectivamente.
CHUVEIRO
Miranda explica que o chuveiro pode ser elétrico, com água quente por sistema central (gás, elétrico ou solar) ou híbrido: “Quando elétrico, ele é servido apenas por uma tubulação de água fria, que é aquecida no próprio chuveiro por sua resistência. Nas habitações que têm aquecedor a gás ou energia solar, e, portanto, tubulação de água fria e de água quente separadas, usamos o de água quente ou o híbrido”, expõe, lembrando que dois misturadores ou um monocomando definem a temperatura da água que sairá do chuveiro.
Para os três tipos, há modelos mais simples e mais sofisticados, com formatos e cores diversos – redondos, quadrados e retangulares, brancos, pretos e cromados. Entre os elétricos e híbridos, as mudanças vão desde as opções de graduação de temperatura e o tamanho da superfície até recursos de luzes e som. “A potência define se o chuveiro é capaz de aquecer uma quantidade maior ou menor de água, podendo variar de 4.500 a 8.800 Watts”, fala.
Entre os de água quente por aquecimento central, há uma quantidade imensa de fabricantes e modelos, geometrias e cores, e, também, se são instalados na parede ou no teto. Eles podem ter somente o chuveiro ou incluir a ducha, que é o popular “chuveirinho”.
TORNEIRA BICOMANDO OU MISTURADOR
Para todas as saídas de água do banheiro, servidas por tubulação de água quente e de água fria, é preciso escolher entre uma torneira monocomando ou dois misturadores, também conhecidos como bicomando, sendo um para a água fria e o outro para a quente. “O monocomando é um comando único que gradua a mistura quente e fria. Os misturadores, por sua vez, controlam a água fria separadamente da água quente e a mistura é feita conforme a abertura maior ou menor de cada um deles”, esclarece Miranda.
Na parte técnica, a ligação das tubulações quente e fria é feita de maneira diferente, pois o monocomando é instalado após a união dos tubos quente e frio, enquanto os misturadores são instalados antes dos tubos se unirem. Qualquer um deles pode ser usado no chuveiro, na pia e na ducha higiênica. O monocomando tem um valor maior que o par de misturadores.
Quais são as tendências de metais para banheiro?
Miranda observa que as tendências para 2023 apontam para os metais coloridos para banheiros. “Especialmente preto, grafite e corten”, diz, ressalvando que os cromados são como clássicos, e sempre estarão presentes. Os desenhos mais limpos também tendem a compor belos banheiros.
A arquiteta Luciana Chebat, titular do LC Escritório de Arquitetura, aposta na tendência dos metais preto e rose gold, tom acobreado puxado para o rosa. “Os metais pretos são muito utilizados, principalmente em banheiros masculinos ou nos mais modernos”, comenta.
METAIS PARA BANHEIRO PRETO
Para Patrícia Miranda, qualquer escolha em um projeto depende do conjunto. “A escolha pelo preto deve estar atrelada a outros elementos do ambiente. Os metais pretos têm uma presença mais densa que os cromados, o que faz com que tenham um destaque maior no ambiente”, ressalta.
Ela considera que jogar com contrapontos também escuros pode ajudar a equilibrar o conjunto. “De qualquer maneira, vale a pena manter a mesma cor e mesma linha para todos os metais utilizados em um mesmo banheiro”, orienta.
METAIS PARA BANHEIRO DOURADO
De acordo com Chebat, os metais dourados não são mais tão usados: “Eles cederam espaço para o rose gold e o ouro velho”.
Miranda, por sua vez, constata que dourado ainda é usado, inclusive em linhas com desenho contemporâneo. “Mas ele não é neutro como o preto ou o cromado, e costuma estar mais ligado a um gosto individual”, diz, reforçando que para escolher essa cor, é importante que ela esteja coerente com o restante do ambiente.
METAIS X LOUÇA SANITÁRIA
Vale, aqui, mais um ensinamento da arquiteta Miranda: “Quando falamos sobre a linha a ser escolhida, é importante que elas sejam coerentes. Se a louça tem um design retrô, o metal deve seguir o mesmo caminho. Assim como linhas mais clean para as louças devem trazer linha clean para os metais”.
Ela oferece uma dica importante: não tem erro fazer uma escolha mais tradicional, que é a louça branca com metais cromados. “Como são neutros, combinam com qualquer ambiente”. E, ao compor as cores dos metais com a louça, não se esqueça de formar uma boa composição com os revestimentos do banheiro”, aconselha.
Créditos: aecweb | Texto: Juliana Nakamura | Colaboração Técnica: Luciana Chebat, Patrícia Miranda