RISCOS HIDROGEOLÓGICOS E O COLAPSO DO SISTEMA CONFEA/CREA’S

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O poder público, em todas as esferas, erra fragorosamente na gestão de nossas cidades e campos, focando suas ações em leis que não são cumpridas e no gerenciamento de crises, em vez de focar no planejamento e prevenção.


A nossa coirmã, a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental (ABGE), divulgou um texto dirigido à sociedade brasileira intitulado “Carta Aberta à Sociedade em Função dos Riscos Geológicos” (https://www.abge.org.br/Carta-aberta-a-sociedade-brasileira-em-funcao-dos-recentes-eventos-envolvendo-riscos-geologicos ). Trata-se de uma brilhante análise, que merece ser lida com atenção, porque desnuda o descaso do poder público ao tratar do assunto que ora atormenta os brasileiros, as catástrofes ambientais, escassez hídricas nos meses estiagens (secos), e transbordamento de córregos, rios, barragens, diques e represas nos meses umidos, propõe soluções para a mitigação dessas calamidades. É irônico dizer, mas a engenharia brasileira está como a vilã nessa história. Agora, a conjugação desses infortúnios, a posição inequívoca da ABGE, deixa claro a fragilidade, a inconsistência, e omissão do nosso conselho de engenharia e agronomia, o chamado Sistema Confea/Crea’s, que em momentos como esses, é sabido, é público e notório, não tem capacidade técnica, e nem legal para se posicionar, e, quando se posiciona, equivoca-se.

Fica claro que o Sistema Confea / Crea’s não defende de forma ampla, com toda a sua capacidade técnica, a sociedade e nem os profissionais e empresas que o mantém. Esta autarquia pública está ultrapassada, é um Elefante Branco, onde a sua inercia o coloca entre as autarquias sem relevância, faz parte do custo Brasil.

Foto 1 – Patos de Minas, 2022. Divulgação Corpo de Bombeiros MG.  Moradias localizadas em áreas
onde a convivência com os riscos naturais não seria possível de forma segura.

Por exemplo, podemos citar o caso do Crea-MG, que, por sinal, já encaminhou aos engenheiros e empresas os boletos de anuidade do ano em curso. Autointitulado “protetor da sociedade mineira”, logo após os desastres das barragens de Mariana e Brumadinho, tratou imediatamente de constituir, em 7 de fevereiro de 2019, um certo grupo de trabalho denominado, GT BARRAGENS. Conforme o documento de criação, o objetivo do GT era fiscalizar as barragens circunscritas ao estado de Minas Gerais, sob recomendação de um certo “Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas e Desastres” da Casa Civil da Presidência da República. Pois bem: passados quase três anos da criação, qual foi a “resposta”? Ninguém sabe, ninguém viu. Mas certamente o tal GT, com seus 11 integrantes, consumiu recursos financeiros a rodo, à custa dos engenheiros e agrônomos, e demais profissionais registrados no órgão.

A ABRAEI, juntando-se à ABGE, recomenda a todos prestar atenção no alerta contido em sua carta, que preconiza e sugere, de forma insofismável, medidas a serem adotadas pelos poderes públicos e cidadãos para construir um país melhor.

A ABRAEI nasce com o propósito de uma missão: participar do resgate da Engenharia brasileira objetivando a elevação da dignidade dos seus profissionais. Sua meta é vencer as eleições classistas em 2023, para transformar o Conselho de Engenharia e Agronomia numa autarquia pública de respeito, onde estabeleça-se uma administração com normas de complaince, o compromisso de um planejamento em todas as suas ações administrativas, com foco no resultado. E muito mais!

Participe! Leia, e divulgue nossas propostas!

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