Como acelerar o processo de transformação digital nas empresas da construção?

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Confira quatro dicas para ter mais sucesso em processos de inovação.

Mais eficiência, redução de custos, melhorias na jornada do cliente e desenvolvimento de produtos com maior valor agregado. Essas são algumas vantagens competitivas que as construtoras podem obter quando se aproximam do ecossistema de inovação e investem em transformação digital.

“A tecnologia é uma aliada das empresas. Ela agiliza processos, encurta caminhos, garante fluxos e rastreabilidade, gerando ganho de produtividade em todas as áreas”, resume Marcelo Morais, diretor de operações técnicas na Even. Além disso, os profissionais mais jovens preferem estar em um ambiente de inovação e de oportunidades. “Se a empresa não oferecer isso, os talentos buscarão outro lugar para se desenvolver”, adiciona o diretor da ADN Construtora, Hugo Fajardo, reforçando que as empresas que não investirem em inovação ficarão para trás.

Se incorporar novas tecnologias e modos de fazer é chave para empresas que almejam um desenvolvimento sólido e a perenidade, como acelerar esse processo, superando os desafios que se impõem?

Conversamos com algumas construtoras que já avançaram bastante em suas trajetórias de transformação. Confira a seguir algumas dicas e recomendações:

1 – BUSQUE BONS PARCEIROS TECNOLÓGICOS

Muitas vezes disruptivas, as startups podem oferecer soluções inovadoras para muitas dores vivenciadas pelas empresas. Mas é necessário ser criterioso antes de fechar uma parceria. É preciso observar a idoneidade e a solidez da empresa, aspectos fundamentais para garantir o desenvolvimento e o suporte dos sistemas adquiridos. “Também é importante buscar parceiros que tenham flexibilidade para moldar seus produtos às necessidades da construtora e estudar a integração entre os demais sistemas utilizados pela empresa”, destaca Morais.

“Toda inovação envolve um risco e muitas startups ainda não possuem um produto validado ou testado em um ambiente de obra”, acrescenta André Medina, gerente de inovação na Andrade Gutierrez. Por isso, segundo ele, são fundamentais a realização de pilotos e provas de conceito, assim como desenvolver produtos mínimos viáveis (MVP) visando minimizar problemas com uma possível invalidação da solução.

2 – VEJA O BIM COMO CENTRALIZADOR DE OUTRAS INOVAÇÕES

Quando o tema é transformação digital na construção civil, é necessário destacar a importância do BIM. Muito além de uma representação 3D, a modelagem da informação da construção é porta de entrada para diversas tecnologias associadas à Construção 4.0, induzindo a construção virtual e a realização de simulações de desempenho.

Hugo Fajardo explica que o BIM pode apoiar o planejamento, a extração de quantitativos e, até mesmo, a execução em campo. “Com ele podemos vislumbrar várias disciplinas como estrutura, hidráulica, elétrica, arquitetura, mobiliário e terraplanagem simultaneamente, minimizando erros e retrabalhos”, comenta.

3 – ALMEJE UMA IMPLANTAÇÃO ÁGIL

Para Marcelo Morais, da Even, os processos de transformação devem ser planejados e ter implantação ágil, para evitar a obsolescência. “O tempo de cada projeto deve ser estudado por equipes multidisciplinares e um cronograma deve ser elaborado e seguido o mais fielmente possível. Assim nos mantemos como pioneiros em nosso segmento, otimizamos os processos e qualificamos nossas entregas”, diz o executivo. Segundo ele, a ideia é garantir que o projeto seja executado com excelência e no menor tempo possível.

“Há processos e atividades que são mais complexos de digitalizar, especialmente quando envolvem muitas pessoas acostumadas a fazer no modelo tradicional ou analógico”, complementa André Medina, da Andrade Gutierrez. “Por isso é preciso haver treinamentos e esforços de conscientização, evitando transformações bruscas que possam gerar erros, atrasos e retrabalhos no curto prazo”, continua ele.

4 – MUDE A MENTALIDADE E CRIE UMA CULTURA DE INOVAÇÃO

Para as construtoras que se deparam com resistências nas equipes internas, a dica é identificar quem são os colaboradores com maior abertura para a inovação. “É nesses profissionais que devemos focar inicialmente, ajudando-os a desenvolverem casos de inovação que sejam exemplos para os que ainda têm medo de inovar. Dessa forma, dia a dia, vamos disseminando a inovação por toda a empresa”, diz Medina.

Outra recomendação é aculturar os colaboradores a pensarem como a digitalização, a automação e a inovação podem torná-los mais produtivos, substituindo o tempo gasto em tarefas operacionais e repetitivas por atividades mais estratégicas, que envolvem análises e tomadas de decisão.

Créditos|Fonte: aecweb | Texto: Juliana Nakamura | Foto: Shutterstock

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