No conturbado cenário da corrida eleitoral ao Crea-MG, a decisão do Plenário do Confea de manter o
indeferimento da candidatura de Pedrinho da Mata à presidência do órgão levanta sérias dúvidas sobre
a integridade do processo eleitoral.
Na cena política do Crea-MG, uma sombra de injustiça paira sobre a candidatura do engenheiro
civil e empresário de sucesso, Pedrinho da Mata, que ousou desafiar o status quo estabelecido
pelo Sistema Confea/Crea. A recente decisão do Plenário do Confea de manter o
indeferimento do registro de sua candidatura ao cargo de presidente do Crea-MG levanta dúvidas
profundas sobre a integridade e a equidade do processo eleitoral.
A razão para o indeferimento é uma ironia cruel em sua trivialidade: a ausência da certidão criminal
emitida pelo TSE, um detalhe que poderia ter sido facilmente atendido pelas instâncias competentes.
No entanto, esse pequeno entrave foi habilmente inflado, transformando-se em justificativa para
desqualificar um dos concorrentes mais capacitados desta eleição. É espantoso que tal decisão tenha
sido tomada em um cenário global onde as demandas por mudança ressoam, enquanto o Sistema
Confea/Crea parece decidido a manter uma estrutura sem brilho, barrando a participação daqueles que
ousam desafiar a conjuntura atual.
Esse episódio vergonhoso não apenas ilustra, mas grita sobre as práticas antiquadas que infestam
nosso sistema profissional. Mesmo com as eleições sendo conduzidas pela internet, o Sistema
Confea/Crea continua a operar de forma restritiva, perpetuando as mesmas figuras de sempre no poder
e negando oportunidades a uma gama diversificada de profissionais dedicados.
A decisão do Plenário do Confea amplifica a sensação de desconexão entre as expectativas dos
profissionais e a realidade distorcida do Sistema Confea/Crea. Enquanto o mundo clama por
transparência, inclusão e representatividade, os atuais líderes do sistema parecem obstinados em
manter a conjuntura atual, ignorando as vozes e aspirações daqueles que anseiam por uma mudança
positiva e necessária.
Apesar desse revés, o candidato injustamente impedido de concorrer reafirma seu compromisso
inabalável com a transformação positiva do Sistema. A batalha agora se desloca para a esfera judicial,
onde repousa a esperança de que a justiça prevaleça e a candidatura seja liberada. É uma luta contínua
por um conselho mais aberto, transparente, justo e, acima de tudo, representativo.
Esse episódio não é apenas um desafio à candidatura de um indivíduo; é um teste crucial para a
integridade do nosso sistema profissional como um todo. O futuro do Crea-MG está intrinsecamente
ligado à nossa habilidade coletiva de enfrentar esses desafios de frente, assegurando que o processo
eleitoral seja verdadeiramente democrático e representativo. A verdadeira medida do sucesso do nosso
sistema será determinada pela nossa capacidade de abraçar a mudança, não a de resistir a ela.
POR ANTÔNIO S. MENDONÇA – 28 OUT 2023 09:00
